Você já deve ter visto em filmes ou desenhos animados algum personagem sendo mantido adormecido ou em algum tipo de tratamento totalmente submergido em um líquido, mas será que isso existe fora das telas?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, uma substância chamada perfluorocarbono (PFC) tornaria possível a respiração artificial através desse líquido, para trocas gasosas (ventilação líquida), você pode está se perguntando "Como é possível trocas gasosas em um meio que não é gasoso?", os peixes, por exemplo, respiram eficientemente através de líquidos, porque suas vias respiratórias são unidirecionais (entrada pela boca e saída pelos opérculos) e suas guelras são próprias para extrair pequenas quantidades de oxigênio dissolvidas na água. Porém o aparelho respiratório humano, não tem estas propriedades e seria impossível para nós respirara sob a água, mas, e se ouve se um líquido capaz de carregar grandes quantidades de oxigênio? Os PFCs carregam 50 a 70 vezes mais oxigênio que a água, não são absorvidos pelo organismo, nem interferem nas substâncias vitais presentes nos pulmões. Ou seja, deles nos só aproveitamos o O2.
As primeiras experiências sobre líquidos respiráveis foram feitas com ratos, onde eram colocados en seus pulmões uma substância salina oxigenada, que lhes permitiu sobreviver até 18 horas so a água, na mesma década começaram os testes com PFC, foram usados gatos e ratos como cobaias que dessa vez sobreviveram até 20 horas sob a água.
Esses testes foram o embrião da ventilação líquida com PFCs. Os perfluorocarbonos são líquidos derivados dos fluorocarbonetos, muito semelhantes a hidrocarbonetos cujas moléculas de hidrogênio foram substituídas por moléculas de flúor.
São bem semelhantes a água, são incolores, inodoros e insípidos. São quimicamente estáveis, têm baixa tensão superficial e sua densidade é maior que a da água. São excelentes carreadores de gases como hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono. Relatos preliminares revelam que o perfluorocarbono pode ser utilizado com segurança em humanos. Apesar dos inúmeros avanços ocorridos na utilização da ventilação líquida, seu emprego ainda é limitado por diversos fatores, destacando-se entre eles o elevado custo. Sua utilização está restrita a poucos centros de pesquisa, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá.
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